Designer de videojogos
Hoje em dia, qualquer pessoa com um mínimo interesse pelo mundo dos videojogos sabe o que é League of Legends. Mesmo quem nunca jogou, já ouviu algo sobre um dos títulos mais importantes do mundo.
Uma simples pesquisa no Google produz quase 30 milhões de resultados e personagens tão conhecidas como o ex-futebolista Ronaldo Nazario, o cantor Justin Bieber ou Chandler Riggs, um dos protagonistas de The Walking Dead, reconhecem a sua paixão por LOL. E de acordo com Greg Street, designer-chefe do League of Legends, eles próprios não perceberam ao início que o que estavam a criar era um fenómeno de massas: "Originalmente, pensámos que estávamos a criar um jogo para um nicho muito específico. Mas aconteceu que esse nicho era formado por milhões de pessoas em todo o mundo".
Mas voltemos ao início... League of Legends é um videojogo de estratégia e ação que geralmente é jogado online e por equipas de três ou cinco pessoas, embora também se possa aceder a jogos sozinho. A definição faz a mesma justiça ao fenómeno que se dissermos que o futebol é um jogo físico e de habilidade em que duas equipas se enfrentam chutando uma bola com os pés. Não estaremos a mentir, mas também não estamos a contar toda a verdade. Porque, tal como acontece com o futebol, talvez a coisa mais surpreendente sobre LOL não seja a sua jogabilidade ou a qualidade do seu design - embora isso, obviamente, faça parte do seu tremendo sucesso - mas a comunidade que se gerou em torno dele. Para explicar League of Legends há que mencionar as centenas de milhões de utilizadores únicos que jogaram durante cada mês do ano passado e as competições profissionais que se organizaram com gigantes prémios monetários ou os milhões de fãs que estão ligados à plataforma de streaming Twitch para acompanhar os melhores jogos ou as dezenas de milhares de pessoas que acorrem aos estádios e pavilhões para ver como as suas equipas favoritas competem ao vivo. Os jogadores profissionais alcançam salários milionários e muitas crianças no mundo já não sonham em ser como Lebron James... querem tornar-se um Lee Sang-Hyeok, mais conhecido como Faker, considerado o melhor jogador do mundo de League of Legends. O coreano, uma estrela na Ásia, ganhou milhões de euros graças à sua habilidade.
Mais do que apenas um videojogo, LOL é um fenómeno global que continua a somar adeptos desde o seu lançamento em 2009. Uma das chaves para este sucesso, segundo Street, é a sua inesgotabilidade: "Alguns jogos estão desenhados para serem jogados 10 ou 20 horas e depois encerrados. Mas League of Legends está sempre em funcionamento, queremos que os jogadores o aproveitem durante toda a sua vida".
Entrevista e edição: Iván Lobo, María Ruiz del Árbol, Cristina López
Texto: José L. Álvarez Cedena
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