Cofundador de FreeDrum
Inventor e cofundador de FreeDrum
O pior pesadelo de um pai quando tenta fazer com que os seus filhos deem os primeiros passos no mundo da música é que, na hora de começar a aprender um instrumento, um deles escolha a bateria. Nem o elegante violino, nem a delicada flauta, nem o nobre contrabaixo. Em tamanho, a bateria pode competir com o piano. No barulho, compara-se com fogo de artifício. A isso, junta-se a imagem que persegue os bateristas: a sua reputação de perfecionistas pouco saudáveis com muitas horas de golpes de bombo e pratos.
Mas se escolherem a bateria, não é caso para lhes cortar a criatividade. Foi o que August Bering pensou quando o seu filho de 10 anos lhe disse que queria aprender a tocar o fortunoso instrumento: "Trouxemos a velha bateria do nosso avô para ele praticar. Quando conseguimos montá-la, ocupava metade do quarto dele. E era tão barulhenta quanto eu me recordava dos meus anos numa banda de garagem na década de 90. Além disso, não tínhamos garagem. Bem, sendo um pai com recursos e também um músico, comecei a procurar alternativas. Claro, havia baterias eletrónicas, mas são igualmente volumosas e também fazem barulho. Então pensei que era a oportunidade de criar a bateria mais fixe do mundo. Roubei as baquetas ao meu filho e comecei a fabricar algo... ". Dizem que as melhores ideias nascem da necessidade, mesmo que seja a necessidade de ter um pouco de paz em casa e, neste caso, o que emergiu foi o FreeDrum, um kit de sensores com giroscópios que, instalados nas baquetas, se tornam numa bateria virtual que cabe no bolso e completamente silenciosa. Graças ao FreeDrum é possível praticar na rua, no metro ou em casa (sem acabar com o descanso dos vizinhos). Os sensores ligam-se por Bluetooth ao telemóvel para que o músico possa ouvir o que está a interpretar através dos auriculares.
O projeto foi financiado através do Kickstarter, onde ultrapassou os 150.000 dólares originalmente propostos para implementar a ideia (já levam mais de 600.000) e os comentários dos bateristas que o experimentaram são encorajadores. Portanto, não há mais desculpas para não iniciar a prática da bateria ou proibir os seus filhos de aprender devido às limitações de espaço (ou devido ao ruído).
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